Oi gente,
Vou contar como foi nossa experiência com a cirurgia que a Bia foi submetida para a retirada da adenoide e as amigdalas.
Como descobrimos o problema
Em setembro de 2015, descobrimos que a Bia estava com 80% de obstrução pela adenoide e tinha as amigdalas grandes. Por conta disso, ficava doente com frequência e tinha muita dificuldade para respirar principalmente durante a noite.
Passamos no otorrino e ele sugeriu um tratamento e paralelo a isso fizemos um alternativo que foi colocar argila verde na gaze e por na maçã do rosto por 20 minutos todos os dias durante 40 dias.
Os tratamentos amenizaram os sintomas, mas não foram suficientes para a cura. A Bia ainda estava respirando mal, por consequência, dormindo mal e nós também.
Em setembro de 2016, a pediatra pediu um novo exame e ainda continuava a obstrução de 80%. Passamos com outro otorrino, agora uma doutora, e ela sugeriu que fizéssemos a cirurgia para a retirada da adenoide e das amigdalas.
Começou a maratona de exames pré cirúrgicos. A Bia teve que passar no cardiologista que já está acostumada, porque faz acompanhamento de sopro no coração.
Com os exames em mãos e a carta de autorização do cardiologista, marcamos a cirurgia para dia 05 de dezembro de 2016.
O dia da cirurgia
A Bia tinha que estar em jejum absoluto de 8 horas. Chegamos no hospital as 6h da manhã e fomos encaminhados para fazer a documentação da internação.
Depois subimos para o quarto, eu e a Bia, pois só podia ter um acompanhante. A enfermeira veio logo em seguida, verificou a temperatura e os batimentos. Entregou a roupinha que ela tinha que vestir. Quando entramos no quarto onde havia cinco camas com grades, desenhos coloridos nas paredes, a Bia começou a chorar. Tive que acalmá-la, tranquilizando-a que tudo daria certo, que ela iria apenas dormir.
Quando vestiu a roupinha para a cirurgia ficou animada. Chegaram as outras crianças no quarto que iriam passar pela mesma cirurgia.
As 7:30h foram busca-la com um carrinho lilás em que ela entrou e eu fui empurrando até o centro cirúrgico. Quando chegamos no andar a enfermeira me dispensou e desci para tomar café, pois também estava em jejum.
O pão de batata foi empurrado junto com um suco pela minha garganta somente para que eu não ficasse sem comer nada. Subi para o quarto e fiquei rezando e compartilhando as aflições junto com as demais mães que estavam ali na mesma situação.
Quase uma hora depois, começaram a entregar as crianças, menos a Bia. Comecei a ficar preocupada. As crianças chegavam chorando muito.
Finalmente a Bia chegou dormindo. As enfermeiras a acordaram. Quando ela me viu começou a chorar. Seu rostinho estava inchado e sua expressão de dor e desespero me cortaram o coração.
A orientação foi que esperássemos 45 minutos sem dar nada, nem água, só depois começássemos a oferecer algo.
Chegou um lanchinho com suco, gelatina e água. A Bia dormia e acordava chorando, não queria comer nem beber nada. Ela só teria alta quando fizesse xixi.
Insisti até que ela colocou uma colher de gelatina na boca, mas vomitou sangue em seguida. A enfermeira disse que era normal até três vezes.
Depois de insistir mais uma vez, ela tomou um pouco de água e assim usou o banheiro.
Meio dia a medicaram e logo em seguida veio o segundo lanchinho com suco, gelatina e Danoninho. Entregaram também o lanche do acompanhante que era pão com presunto e queijo e suco. Comi meu lanche e ofereci Danoninho para Bia. Depois de chorar um pouco comeu uma colherzinha e vomitou sangue novamente.
Ela teve alta 13:30h e já estava menos inchada, mas não menos chorosa. Reclamava de dor na garganta, quase não falava e não queria comer nem beber nada.
A médica prescreveu antibiótico, antinflamatório, dipirona e soro para espirrar no nariz. Ela tomou os remédios sem reclamar, mas não conseguia comer nem beber nada. Aceitou somente água de coco.
A noite teve um sono perturbado. Acordava chorando varias vezes, pedia para segurar a minha mão ou então ficar no colo.
No próximo post relatarei os dias seguintes até o retorno na médica.
Até o próximo!!!
Denise